domingo, abril 6

Muda


Tenho medo.
tenho medo e continuo à espera.

Esta espera terrivel que me suga as forças

e, me corroí a alma.



Ainda te espero, mesmo com medo.
Ainda olho pela janela e fico incessante a adivinhar a tua sombra,

perdida em mim.

Ainda adormeço a sorrir para que quando chegues

não te incomodes com a minha tristeza, e ainda assim

anseio por ti.


Podes vir. Já camuflei a dor no sorriso

e mesmo que chegues e sintas a lágrima húmida

que descontrolada verte dos meus olhos

Por favor, fica. Fica porque preciso de ti.

Fica pois prometo que não faço barulho.

2 comentários:

T. Geiroto Marcelino disse...

Um texto diferente. Até pela sua apresentação.

É pequeno, mas intenso... Quase sincero, tão quase que podia acreditar que o escreveste como uma confissão, e não como tua simples criação.

Gosto muito da estrutura e do desenvolvimento da história (ou sentimentos), mas sobretudo das palavras.

Bonito.

bjo,

Tânia

Pedro M disse...

O amor não deve ser triste...

Um beijo