sábado, agosto 28

Erros

A iliteracia da vida é algo supremo. Provavelmente a razão de todos nós, o ínicio de cada um e o fim que todos necessitamos de alcançar. Se nos questionássemos antecipadamente acerca dos erros cometidos negaríamos a loucura do acto, pensaríamos que a inteligência humana suprime todas as asneiras exíquiveis e perdidos na própria ilusão seríamos capazes de admitir a razão como a prevenção para a vida. Porém nada disto é lúcido e consciente, os erros são exactamente o ponto de partida para a evolução, o motor da existência e a manutenção da credibilidade. Em consequência todos podemos errar com a verdade mas poucos o fazem com prudência, com contenção, talvez a razão de extraviarmos o preconceito do bem seja no final das contas a aprendizagem vital ao Homem. E tudo isto se resume a uma questão de negociação, entre o EU e o OUTRO, e quando o erro floresce no nosso interior a facilidade de o extinguir ou dissumular insurge-se maior, pelo contrário quando o confronto é esbatido com o outro é dificil acomodarmo-nos com a sua falha, então deixamos que ele nos caía em descrença e de modo egoísta aceitamo-nos na nossa estupidez.

Deveríamos ser superiores a tais coisas e somente crer na magnificiência do Homem, na sua existência, nas suas capacidades e assim aceitar sem desordem a estrutura psíquica que condiciona a ordem do espaço. O contraponto situa-se sobre a verdade e o receio de ser, pois o erro facilmente se maniupla e se extingue, mas a verdade, a verdade excluí, repugna e afasta.O erro sustenta-se pela superficialidade enquanto a verdade repousa nas entranhas de cada um,tanto que não basta uma vida para a aceitar, no erro chega o arrependimento ou simplesmente o desgaste do tempo.

2 comentários:

GenaResende disse...

Profundo, muito profundo.

GenaResende disse...

Profundo, mesmo muito profundo.
Espero ler mais coisas em breve. Aliás, estou ansiosa.