Nunca mais estive silenciada. Há realmente muito tempo que as palavras não descansam sem a pressão do incómodo proporcionado pelos circunstâncias. Demasiado, na verdade.
Os dias morreram com as horas e a necessidade de ser por palavras atenuou-se pela convivência que se alterou vertiginosamente. Tudo mudou: as pessoas, as conversas, os gestos, a atitude. Talvez poucas pessoas percebam que somos verdadeiramente na sua presença e elas só são o que realmente são na nossa.
Descreve-la torna-se impossível porque a autenticidade é algo muito pouco definível. E quando nos apercebemos do autêntico guarda-mo-lo como um segredo só nosso. Explicar ao outro a essência do que descobrimos isoladamente e que só faz sentido para nós é absolutamente uma luta. Uma luta para nós que perdemos as palavras e uma luta para eles que não alcançam a beleza de tal revelação. Mas tudo o que é demais é aterrador. E fugimos do diferente pelo refúgio do banal. O desconhecido é muito inóspito mesmo sendo apetecível, a necessidade humana do controlo manifesta-se rapidamente. Adequamos-nos ao que conhecemos mas não nos preparamos para o que emerge. Somos obrigados a ceder à tentação de nos revelarmos e aparentemente isto parece absurdo. No entanto é a condição para a elevação do espírito. Não importam as consequências que possam advir, não há receio pela descoberta das nossas fraquezas, há puramente a fruição do outro pelo sabor da autenticidade. É tudo pleno, efémero. E as horas completam-se e quando num acto de coerência ilógico vislumbramos a dimensão tudo se desmancha. Voltamos a ser o que os outros supõe que sejamos. Somos o diário e o público, somos o social e o que pensamos ser. Porque tolos acreditamos que conhecerem-nos é algo terrível. Nem todos o podem fazer mas os que procuram passar as barreiras do que se conhece atingem o estado mais perfeito e inteiro do ser humano. é nestes momentos que o discurso não fluí pois não tenho a necessidade de dizer nada, pois acredito que o que passa este obstáculo é capaz de reter muita informação que as palavras não abarcam. São estes silêncios que por não serem incómodos tornam-se boas conversas.
(acredito que algumas perguntas foram desfeitas com este mini post)
Os dias morreram com as horas e a necessidade de ser por palavras atenuou-se pela convivência que se alterou vertiginosamente. Tudo mudou: as pessoas, as conversas, os gestos, a atitude. Talvez poucas pessoas percebam que somos verdadeiramente na sua presença e elas só são o que realmente são na nossa.
Descreve-la torna-se impossível porque a autenticidade é algo muito pouco definível. E quando nos apercebemos do autêntico guarda-mo-lo como um segredo só nosso. Explicar ao outro a essência do que descobrimos isoladamente e que só faz sentido para nós é absolutamente uma luta. Uma luta para nós que perdemos as palavras e uma luta para eles que não alcançam a beleza de tal revelação. Mas tudo o que é demais é aterrador. E fugimos do diferente pelo refúgio do banal. O desconhecido é muito inóspito mesmo sendo apetecível, a necessidade humana do controlo manifesta-se rapidamente. Adequamos-nos ao que conhecemos mas não nos preparamos para o que emerge. Somos obrigados a ceder à tentação de nos revelarmos e aparentemente isto parece absurdo. No entanto é a condição para a elevação do espírito. Não importam as consequências que possam advir, não há receio pela descoberta das nossas fraquezas, há puramente a fruição do outro pelo sabor da autenticidade. É tudo pleno, efémero. E as horas completam-se e quando num acto de coerência ilógico vislumbramos a dimensão tudo se desmancha. Voltamos a ser o que os outros supõe que sejamos. Somos o diário e o público, somos o social e o que pensamos ser. Porque tolos acreditamos que conhecerem-nos é algo terrível. Nem todos o podem fazer mas os que procuram passar as barreiras do que se conhece atingem o estado mais perfeito e inteiro do ser humano. é nestes momentos que o discurso não fluí pois não tenho a necessidade de dizer nada, pois acredito que o que passa este obstáculo é capaz de reter muita informação que as palavras não abarcam. São estes silêncios que por não serem incómodos tornam-se boas conversas.
(acredito que algumas perguntas foram desfeitas com este mini post)
Um comentário:
Cada frase é mais acertada que a anterior. Realmente, conseguiste.
(creio que com este texto alcançaste mais, mais ainda, mais à frente, na tua escrita)
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