sexta-feira, outubro 9

Ruído de fundo

São dias cizentos, estes de pensamentos enegrecidos. São manhãs sombrias de orvalho pesado, essas em que a mente deambula perdida na neblina e a alma permanece na intranquilidade humana, são efusões confusas que nos deixam vaguear entre opostos incompreensiveis. Hoje é como se um desses momentos temporais se estreitasse entre os meus passos e conectasse com o cérebro pedindo lhe desesperadamente que abrande, que descanse sobre a chuva e devaneie com a brisa. Não estou segura, não sei se o que tento escrever corresponde à veracidade imanente, creio porém nesta nostalgia pesada que se descarrega sobre os meus olhos pesados e me confunde os desejos.

Sinto falta do que conheço. Hoje, apenas hoje.

2 comentários:

simples-mente disse...

Para não variar o teu texto está um espetáculo. =)
Espero que continues a escrever assim e que não tenhas mais dias destes. Que os teus dias sejam todos cheios de sol, mar e amigos. Sem ruídos de fundo. Silenciosos ou cheios de risos e alegria.

Amoro-te imenso *

ana disse...

o que te confunde o desejo é a razão * leio-te muito, obrigada!